Religião e espiritualidade
na história política de Campo Mourão
Vivenciada de forma intensa, através de nossa religiosidade, a dimensão espiritual que carregamos em cada um de nós ajuda a combater angústias e rancores da vida, o que nos conforta das decisões racionais e frias do cotidiano. Próprias de cada indivíduo, base do cultivo amigável dos círculos de família, as motivações religiosas não param aí: elas também integram o cálculo político de governantes e autoridades públicas.
Na história (católica) de Campo Mourão, iniciativas governamentais ligadas ao mundo espiritual foram comuns na política nas décadas de 60 e 70.
Na
instalação da diocese de Campo Mourão, dia 18 de abril de 1960, o governador
Lupion (centro), o prefeito Antonio Teodoro de Oliveira (discursando) e vereadores organizaram-se
para a recepção do primeiro bispo diocesano Dom Eliseu Simões Mendes (à direita) e
acompanharam a posse da autoridade religiosa. O mestre de cerimônia foi o advogado Armando Queiroz de
Morais (em pé entre o governador e o arcebispo Manuel da Silveira D'elbou). Pouco mais tarde Armando foi eleito Deputado Estadual com apoio da igreja.
Personalidades
eclesiásticas, civis e militares participaram, em abril de 1961, de uma Sessão
Especial de Entronização de um crucifixo colocado no plenário da Câmara
Municipal, segundo solicitação de um dos vereadores.
Eles declararam a felicidade de serem guiados pelo símbolo religioso do crucifixo posto na sala de reuniões do Poder Legislativo, anexo ao primeiro andar do Paço Municipal.
Outro crucifixo foi colocado na sala do prefeito (o mesmo até hoje) no dia da inauguração do prédio do Paço Municipal 10 de Outubro, com a benção do bispo D. Eliseu.
Imagens religiosas são comuns em repartições públicas de várias cidades. Um crucifixo numa sala de um órgão público, a participação deles em comemorações religiosas, cívicas ou o simples nome de uma praça mostram que gestos de religiosidade e de cultivo do espírito estão presentes também em muitas ações administrativas governamentais, politicamente falando.
Eles declararam a felicidade de serem guiados pelo símbolo religioso do crucifixo posto na sala de reuniões do Poder Legislativo, anexo ao primeiro andar do Paço Municipal.
Outro crucifixo foi colocado na sala do prefeito (o mesmo até hoje) no dia da inauguração do prédio do Paço Municipal 10 de Outubro, com a benção do bispo D. Eliseu.
Imagens religiosas são comuns em repartições públicas de várias cidades. Um crucifixo numa sala de um órgão público, a participação deles em comemorações religiosas, cívicas ou o simples nome de uma praça mostram que gestos de religiosidade e de cultivo do espírito estão presentes também em muitas ações administrativas governamentais, politicamente falando.
Entre o céu e a terra, trocas e negócios humanos se fazem e tudo parece ter um propósito: o poder.
Em
Campo Mourão, símbolos religiosos também estão em espaços comuns da cidade. A
praça central do município, modificada no contexto da criação da nova catedral,
ganhou o nome de “Praça São José” por requerimento, de vereador, aprovado em
fevereiro de 1969. O gesto de dar nome religioso à praça era “homenagem ao
grande santo” e demonstrava “o sentimento de religiosidade do nosso povo”, como
esclareceu depois, o autor da proposição política.
Autoridades
políticas e eclesiásticas comparecem na realização de festejos cívicos e
religiosos com frequência.
Em junho de 1973, o prefeito convidava os vereadores a participarem da procissão de Corpus Christi. O chefe municipal mourãoense dizia que aquele seria um ato de “testemunho a Deus e comunidade, de humanismo e cristandade”.
Em junho de 1973, o prefeito convidava os vereadores a participarem da procissão de Corpus Christi. O chefe municipal mourãoense dizia que aquele seria um ato de “testemunho a Deus e comunidade, de humanismo e cristandade”.
Como se nota, negócios humanos entre o céu e a terra podem envolver subsídios financeiros,
doações de terrenos, isenção de impostos, ligando o governo da vida humana aos
desígnios da política e da fé religiosa popular, seja qual for a crença.
Como em todo lugar do mundo, entre o céu e a terra, há os homens tramando suas histórias e, em Campo Mourão não foi e nunca será diferente.
Como em todo lugar do mundo, entre o céu e a terra, há os homens tramando suas histórias e, em Campo Mourão não foi e nunca será diferente.
Curso de História – (UNESPAR)
Campus de Campo Mourão
O corumim apanhou de outro índio maior e estava tomado pelo ódio por causa da surra que levoy. Mas antes de qualquer decisão contra seu irmão desafeto, perguntou
ao cacique como lidar com bons e maus ?
Qual
dos dois lobos você quer que sobreviva?
Campus de Campo Mourão
A Fábula dos Dois Lobos
Política Interna Humana
Política Interna Humana
- Como consigo separar
o ruim do bom?
Chefe cor de cuia respondeu:
- Dentro de cada um de
nós existem dois lobos que vivem brigando a ponto de um querer matar o outro.
Um ataca toda hora.
Outro se defende. Temos que separar os dois, senão vão se matar e nós, sofrer!
Este conto indígena enfatiza a nossa complexidade e a necessidade de empenharmo-nos a fim de cuidarmos da nossa própria evolução.
O moral desta sábia narrativa, concluí que só depende de cada um ser bom ou mau frente a esses dois lobos que duelam no coração de cada vivente.
Qual
dos dois lobos você quer que sobreviva?
O experiente índio olhou fundo nos olhos de seu pequeno
guerreiro e falou:
“Eu também, as vezes, sinto grande
ódio daqueles que cometem injustiças. Mas ódio corrói quem
sente e nunca fere o inimigo. É como tomar veneno com desejo que
ele morra. Só que morre quem tomou”.
“Várias vezes lutei contra esses sentimentos. É como se
existissem dois lobos dentro de mim. Um deles é bom e não
faz mal. Ele vive em harmonia com todos e só luta quando é preciso
fazê-lo, e de maneira justa e correta, mas o outro lobo… este é cheio
de raiva.
A coisa mais insignificante é capaz de provocar nele um terrível acesso de ódio. Ele briga o tempo todo, sem nenhum motivo. Ele não mede as conseqüências de seus atos. É uma raiva inútil, pois isso não muda nada, só piora. Às vezes, é difícil conviver com estes dois lobos dentro de mim, pois ambos tentam dominar meu coração.”
A coisa mais insignificante é capaz de provocar nele um terrível acesso de ódio. Ele briga o tempo todo, sem nenhum motivo. Ele não mede as conseqüências de seus atos. É uma raiva inútil, pois isso não muda nada, só piora. Às vezes, é difícil conviver com estes dois lobos dentro de mim, pois ambos tentam dominar meu coração.”
O jovem índio perguntou:
- ''E qual deles vence?”
O cacique debruçou e sussurrou em seu ouvido:
- “Sobrevive aquele que Você alimentar e fortalecer mais”.
Entre dois lobos está Campo Mourão:
O Bom & o Mau (político)
O Bom & o Mau (político)
o-o
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